Lilith – offenes Treffen für Frauen und genderqueere Menschen – Rede 2025

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Einwanderung gibt es schon so lange wie die Menschheit existiert
Einwanderung ist – in erster Linie – eine Überlebensbewegung
Sie ist eine Flucht vor Gewalt
Sie ist eine Suche nach Zuflucht
Es ist eine Suche nach Würde
Es ist eine Suche nach einem besseren Leben
Und es ist kein Privileg (oder sollte kein Privileg sein)
Es ist das Recht eines jeden.

Heute, im feministischen Streik, tragen wir Frauen und genderqueere Menschen unsere Wut auf die Strasse.
Während die Schweiz Milliarden für die Aufrüstung der europäischen Grenzen ausgibt, macht sie sich mitschuldig an der Gewalt, die Schutzsuchende tagtäglich erleiden – sei es auf der Flucht oder in Asylunterkünften hier in der Schweiz.
Frauen und Kinder sind dieserGewalt, dem Missbrauch und der Ausbeutung besonders häufig ausgesetzt.
Und wenn sie hier ankommen, gehen die Schikane weiter: Ausgrenzung, Rassismus und negative Asyl entscheide, die die Menschen zu «Illegalen» machen.

Aber gibt keine illegalen Menschen!
Was es gibt sind Menschen, deren Asylanträge abgelehnt werden, deren Aufenthaltsbewilligungen ohne Begründung nicht mehr erneuert werden, die illigalisiert werden von einem System, das strukturell unterdrückt.
Jemanden also «illegal» zu nennen ist eine Form der Entmenschlichung.
Darüber hinaus müssen wir über alle Formen und Arten sprechen, mit denen Migrant:innen Zugänge hier in diesem Land, in dieser Stadt verwehrt werden!
Wo sind die Chancen für uns?
Hallo Bildungseinrichtungen, Berufsschulen, Schulen im Allgemeinen:
Entkolonialisiert dieses System!

Eure Anzeigen sind sehr gut, voll von schönen Botschaften über Integration, Akzeptanz und Vielfalt
Es scheint, als hätte sich die Welt verändert, nicht wahr?
Aber die Realität … ist anders.
Sie reproduzieren weiterhin dasselbe unterdrückende, ausgrenzende und elitäre System – gemacht von und für Weiße personen.
einige Bildungseinrichtungen sagen: «Komm her, du bist hier willkommen»
Die Realität sieht so aus: Es sind weiße, reiche, europäische Menschen, die aufgenommen werden.
Migrant:innen, die vor 20, 10 oder 5 Jahren gekommen sind, bleiben außen vor.
Deshalb fordern wir heute hier auch einen effektiven Zugang zu Bildung, Berufsausbildung und menschenwürdiger Arbeit für Migrant:innen.

Die extreme Rechte greift die Grundrechte an und setzt gewaltsame Ausgrenzungen durch.
Sie wollen entscheiden, wer einwandern darf, wer existieren kann – insbesondere Trans* Körper, dissidente Körper und Schwarze Menschen werden systematisch ausgegrenzt.

Macht Platz!
Migrant:innen, Frauen und queere Menschen sind nicht nur hier, um zu überleben
Wir sind hier, um zu leben, um zu wachsen, um zu gedeihen
Wir haben das Recht, Räume zu besetzen, zu träumen, eine Zukunft aufzubauen

Unser Kampf ist kollektiv
Wir kämpfen gemeinsam für eine feministische, solidarische und freie Gesellschaft –
frei von Ausbeutung, Unterdrückung,
Kapitalismus, Rassismus und Patriarchat!

Free Kongo, free Sudan, free Palestine!


A imigração existe
desde que a humanidade existe
A imigração é – antes de tudo –
um movimento de sobrevivência
É uma fuga da violência
É uma busca por refúgio
É uma busca por dignidade
É uma busca por uma vida melhor
E não é (ou não deveria ser) um privilégio
É um direito de todas

Hoje, na greve feminista, nós — mulheres e pessoas queer — levamos nossa raiva às ruas
Enquanto a Suíça gasta bilhões armando as fronteiras da Europa, ela é cúmplice da violência sofrida por quem busca proteção — seja na fuga ou nos campos de asilo aqui mesmo
Mulheres e crianças são especialmente vulneráveis a abusos e exploração.
E, ao chegar, o assédio continua: exclusão, racismo e rejeições de asilo que transformam mulheres em “ilegais”

Mas não há pessoas ilegais
O que há… são pessoas que estão em processo de documentação, legalização, acomodação, dentro de um sistema que muda – o tempo todo – de acordo com os interesses dos que estão no poder
Portanto, chamar alguém de “ilegal”
é uma forma de desumanização
E digo mais:
além do direito de imigrar,
precisamos falar sobre as oportunidades aqui, neste país, nesta cidade!
Onde estão as oportunidades para nós?
Alô instituições educacionais, escolas profissionalizantes, escolas em geral:
descolonizem esse sistema!

«Seus anúncios são muito bons, cheios de mensagens agradáveis sobre integração, aceitação e diversidade
Parece que o mundo mudou, não é mesmo?
Mas a realidade … é diferente
Vocês continuam a reproduzir o mesmo sistema opressivo, marginalizador e elitista – feito por e para pessoas brancas
algumas instituições de ensino dizem: “Venha cá, você é bem-vindo aqui”
Corta pra realidade: quem entra são os brancos, ricos e europeus.
Mulheres imigrantes que chegaram há 20, 10 ou 5 anos, essas ficam de fora.
A inclusão só existia no vídeo institucional.
Então aqui hoje também reivindicamos acesso efetivo à educação, à formação profissional e ao trabalho digno as pessoas queer imigrantes.

A extrema direita ataca direitos fundamentais e impõe exclusões violentas
Querem decidir quem pode imigrar, quem pode existir — sobretudo corpos trans, dissidentes e pretos

Abram espaço!
Imigrantes, mulheres e pessoas queer não estão aqui só para sobreviver
Estamos aqui para viver, crescer, prosperar
Temos o direito de ocupar os espaços, de sonhar, de construir um futuro

Nossa luta é coletiva
Seguimos juntas por uma sociedade feminista, solidária e livre —
livre da exploração, da opressão,
do capitalismo, do racismo e do patriarcado!

Congo livre, Sudão livre, Palestina livre